Aquando da operação da Oferta Pública de Venda (OPV) das acções da HCB na Bolsa de Valores de Moçambique, em 2019, havia o receio de que o processo não atingiria os objectivos propostos.

Logo após o anúncio da abertura accionista da HCB, através da Bolsa de Valores de Moçambique, acompanhamos esse cepticismo na imprensa nacional e julgamos normal, afinal era a primeira vez que uma empresa nacional da dimensão da HCB iria vender parte das suas acções na Bolsa. Entretanto, já nessa altura tínhamos uma recomendação do accionista, para que o processo fosse inclusivo, abrangente e transparente.

A nossa intensão sempre foi a de partilhar, com todos os moçambicanos, os benefícios da Reversão para o nosso País. Por outro lado, a listagem da HCB na BVM permitiu aumentar a transparência da empresa, pois passou a estar sob um maior escrutínio do público, o que é bom para a sua gestão e para que respeite as boas práticas internacionais de governação corporativa. As receitas desta venda serviram também para reforçar a capacidade financeira da empresa, os seus planos de investimento e o seu crescimento. Devo ainda dizer que a venda de acções da HCB na BVM trouxe uma maior dinâmica para o mercado de capitais em Moçambique, que é bastante importante para o financiamento da actividade económica, em alternativa ou complemento da banca. Neste momento o mercado de capitais em Moçambique é mais vibrante do que o momento antes da inscrição da HCB. O outro objectivo não menos importante, era o da inclusão. Efectivamente, a HCB fez de tudo para que este objectivo fosse alcançado.

Para o alcance e inclusão dos moçambicanos neste processo foram desenvolvidas uma série de iniciativas, desde a implementação de uma estratégia de distribuição que abriu a possibilidade de subscrição às populações residentes nas zonas remotas e não bancarizadas, a implementação de uma estratégia de comunicação que envolveu literacia financeira e informação simples e acessível para que os potenciais investidores pudessem tomar decisões informadas.